Desabafos e pontos de vista

Por vezes apetece tanto mandar as pessoas para o passado para verem o que fazem e para não me dizerem, ou melhor, pensarem que sou maluquinha. Parece que sou tratada como se quisesse a atenção toda, mas o que se passa e que juntam-se duas pessoas e só falam elas, é normal que me sinta a parte, que me sinta não desejada quando até essas pessoas falam mais baixo para ninguém ouvir, até compreendo que seja pelo facto de lá estar mais gente, mas ao menos falavam noutra altura, acho eu… Não acho normal que quando estamos cerca de 4 pessoas 2 comecem a falar super baixo para mais ninguém ouvir e que se comecem a rir, e depois queixam-se que as pessoas fiquem um pouco chateadas e magoadas. Mas não afinal não e assim somos nós que nos afastamos porque ficamos calados… Juro na minha pequena cabecinha não entra tal situação… juro que não…

É isso e coisas mais, por exemplo, manda-mos uma sms a convidar alguém que namora com outra pessoa para beber café e esse pessoa diz olha já tinha combinado vamos a tal sitio depois aparece lá, e quando vamos a descobrir essa outra pessoa que faz parte do namoro já teria falado com a pessoa que nos convida para beber café, se calhar é um pouco de querer dizer que convidou mas afinal já sabia que íamos beber café né? Sinceramente… Se não querem dizer nada não digam, para dizer só para parecer bem acho que até fica mal mas pronto…

Podem dizer que ando irritadiça e até nervosa, mas estou é cansada, cansada de ser considerada maluquinha, quando sinceramente as coisas são reais, e quando uma pessoa fala mais vale estar calada porque as pessoas não entendem nem fazem nada para mudar seja o que for (entendo que de certa forma também devo mudar certas atitudes). Eu gostava de conseguir aguentar mais, mas já não dá, não entendo o porquê de se queixarem quando são elas próprias que fazem os problemas e que fazem as situações que se metem e depois vêm chorar e ficam tristes porque isto e aquilo, e dá mesmo vontade de dizer “oh c*ralho, não foste tu que lhe deste confiança? Que querias atenção? E quando essa pessoa inventa e volta a inventar o que fazes? “para a próxima ou se isso chega aos ouvidos de alguém podes esquecer” e depois volta a fazer o mesmo e o que acontece? Nada, então queres o quê milagres? Não os há…” mas o que uma pessoa faz? Nada a ver, engole em seco e ainda presta amizade. Não sou a melhor pessoa do mundo mas começo a ficar farta da m*rda (porque e mesmo assim) das mesmas conversas todas as vezes, juro cansa…

Ai como quero sair deste estado e voltar a ser feliz não ter esta raiva dentro de mim que eu odeio, não sou assim, não quero sentir raiva mas parece que ela se acumula e acumula até que já nem sei quem sou. Só me sinto feliz longe de todos, comigo e os meus pensamentos e sonhos, já não sei o que saudade, já não sei nada. Estou perdida num mundo de gente grande a sentir-me cada vez mais pequenina e mais morta por dentro…

Sei que não sou a melhor pessoa, que sofro por coisas que ninguém repara e que sou parva, eu sei disso não enganada na minha vida. Mas são sempre as pessoas que mais amo que acabam por me magoar por não me entender, eu posso ter mudado admito, mas isso não quer dizer que não continue a ser a mesma pessoa, de certa forma sinto-me como se toda a gente batesse em mim que toda a gente tivesse farta de mim, das minhas parvoíces, já não sei o que eide ser, não me aceitam como sou, mas querem que seja eu própria, reclamam de ser como sou, mas continuam a dizer que me adoram a mesma, mas afastam-se… uma pessoa fica confusa não? Fica magoada, sei lá… eu gostava que as coisas fossem diferentes, que tudo volta-se ao mesmo mas de certa forma as coisas não eram verdadeiras, era tudo uma grande mentira que toda a gente aceitava… sinto o meu pequenino coração partido, como se ninguém se importa-se, parece que ta tudo contra mim… eu sei que tou a ser injusta mas e o que parece… nunca estou bem para ninguém se não quero dizer excomungam porque não digo se digam ficam magoados, não sei o que fazer, apetece-me esquecer tudo cagar para o assunto e ser fria, ser uma pessoa que não se rala com nada que se ta pouco f*dendo para toda a gente como se nada a afecta-se… a minha vontade é essa! Depois criar um mundinho pequenino pequenino assim como eu, em que sou aceite posso gritar, chorar, amar, ser amada por aquilo que sou, ser sensível, ser eu, este eu que a muito anda reprimido e tem medo que ninguém o aceite que anda de um lado para o outro que se mascara que se modifica e quando chega a casa fica sem esta mascara e depois tem que andar a curar as feridas que os outros fazem mesmo que não seja por mal. Este eu que a muito que é assim, que tem que inventar respostas a perguntas para que ninguém o faça ser ele próprio porque ninguém vai gostar e esse eu, vai ficar mais uma vez a leste de tudo e de todos, porque ninguém é capaz de lhe estender a mão e dizer “eu sei como és realmente e gosto de ti assim”…

Ás vezes digo coisas que penso que estou a ser totalmente louca, que nem sequer faz sentido o que digo, e as pessoas olham para mim do género “oh rapariga acorda para a realidade”, e eu fico “pois realmente estou a ser muito alucinada”. Ao fim de algum tempo o que disse é verdade, e eu não me apercebo que o que disse sempre é verdade, porque quis acreditar naquilo que me diziam ou davam a entender. Agora sei e assim como sempre soube eu tenho razão o que digo não é sem fundamento, sempre fui perspicaz nestas coisas de tentar entender as pessoas, mas como as coisas iam correr mal de certa forma quis esquecer a minha intuição e a minha forma de ver o mundo para me proteger, mas acabei por sofrer mais e de me magoar mais porque comecei a viver na mentira. Agora sei que afinal eu tenho razão em algumas coisas e não sou assim tão louco e alucinada como muita gente me acha.

Depois de tanto sofrer, decidi por fim a esta dor a este sofrimento inútil, “ser aquilo que as pessoas são para mim”, são amigas---sou amiga, são c*bras---sou c*bra, não posso só servir para algumas coisas, para mim chega, acabei de por o ponto final que todo este sofrimento precisava, as pessoas têm que perceber que não sou uma televisão que se liga quando queremos companhia. Sou uma pessoa com sentimentos que sofre muito pelos que adora quando estão mal, que quer acreditar que no mundo a verdade se sobrepõe a falsidade e mentira, que os momentos e os locais não são tão sombrios como aparentam, e que até na árvore mais escura e sombria existe a mais bonita felicidade e pura verdade que é das formas mais belas.

Sinto-me uma incompreendida, eu tento explicar-me tento que me entendam, mas porquê? A resposta que levo e sempre a mesma “ok… L” uma pessoa pergunta “o que foi?” e respondem “não entendi a tua reacção” e uma pessoa fica “o quê?” Só disse o que sentia como tanto queres/querem… Se têm medo daquilo que eu vou dizer ou se já sabem o que vou dizer ao menos digam… Nem que me mandem a m*rda… Mas depois ainda quase que me criticam por aquilo que sinto… Olha, sou uma pessoa eu sofro… tenho sentimentos, dantes não era assim guardava tudo e ignorava todos os sentimentos, aí sim toda a gente era feliz. Eu juro que quero voltar a ser fria, sem medo de nada mandar a pessoa que amo para o c*ralho sem dó nem piedade, eu quero voltar a ser assim fria que nem um cubo de gelo, sem derreter, fria gelada como se nada me afecta-se, era assim que eu era, é assim que eu quero ser, mas não consigo, amo demais já não consigo ser positiva e não precisar de ninguém. Eu tento mas não dá, mas odeio estar triste só por tentar dizer o que sinto… Ninguém me entende, já ninguém me tenta entender, toda a gente tem os seus problemas eu sei, mas quando toda a gente precisa eu estou lá de braços abertos para ouvir, mesmo que por dentro me esteja a desmoronar, eu estou lá a tentar dar uma palavra de apoio. Quando eu preciso é rara a pessoa que dispensa 5 minutos só para mim, ou que me dá uma palavra de apoio sem falar de ela própria…

Sou difícil de entender, eu sei… Mas se eu te tento entender porque não me tentas entender a mim? Se tu sofres eu também, se estou disposta ajudar, porque não me ajudas tu também? Sério… dói cada vez mais…